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O que são riscos biológicos?

Os riscos biológicos são uma preocupação crescente em ambientes de saúde, especialmente em um mundo onde doenças infecciosas e pandemias estão em constante evolução. 

Neste artigo, vamos explorar o que são riscos biológicos, sua classificação, quais são os mais comuns em ambientes de saúde e como a limpeza e desinfecção adequadas podem contribuir no controle e prevenção a esses riscos. 

Mas o que são riscos biológicos?

Riscos biológicos são agentes infecciosos ou substâncias que podem causar doenças ou infecções em seres humanos, animais e plantas. Esses agentes podem ser bactérias, vírus, fungos, parasitas ou toxinas produzidas por organismos vivos. 

Os riscos biológicos estão presentes em diversos ambientes, mas são especialmente relevantes em ambientes de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios. Nesses locais, há uma maior probabilidade de contato com sangue, secreções, fluidos corporais, tecidos, órgãos e materiais perfurocortantes contaminados por agentes infecciosos.

Classificação de agentes biológicos

Segundo o Ministério da Saúde, os agentes biológicos que afetam o ser humano, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco assim definidas:

Classe de risco 1

De baixo risco individual ou para a comunidade, inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no ser humano ou nos animais adultos sadios. 

Classe de risco 2

Com itens de moderado risco individual e limitado risco para a comunidade, essa classe inclui os agentes biológicos que provocam infecções no ser humano ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas conhecidas e eficazes. 

Classe de risco 3

De alto risco individual e moderado para a comunidade, estes agentes biológicos possuem capacidade de transmissão, em especial por via respiratória, e que causam doenças potencialmente letais em humanos ou animais, e para as quais existem, usualmente, medidas profiláticas e terapêuticas. 

Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os

Este é o mais alto nível de risco individual e para a comunidade. Com agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade, em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por esses agentes biológicos. Eles causam doenças de alta gravidade em humanos e animais, tendo grande capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. 

Riscos biológicos mais comuns em ambientes de saúde:

Definidos e classificados, em parte, pelo conjunto de normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Previdência chamado de NR-09, os riscos biológicos representam um grande número de seres microscópicos que podem causar doenças. 

Também segundo a norma, as profissões que apresentam riscos mais elevados nesse sentido são exatamente as envolvidas no dia a dia do ambiente hospitalar, definidas por:

  • Estarem em contato com pacientes isolados por doenças contagiosas ou objetos usados por esses pacientes e não esterilizados, contendo matéria orgânica  além de animais portadores de doenças contagiosas; 
  • Trabalhar com a manipulação direta de agentes biológicos em laboratórios;
  • Atuar diariamente na limpeza hospitalar.

Entre os elementos biológicos que causam risco podemos citar:

1. Bactérias: As bactérias são microrganismos unicelulares que podem causar infecções em seres humanos. Algumas das bactérias mais comuns em ambientes de saúde incluem Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa.

2. Vírus: Os vírus são agentes infecciosos que se replicam dentro das células hospedeiras. Exemplos de vírus comuns em ambientes de saúde são o vírus da gripe, o vírus sincicial respiratório e o coronavírus.

3. Fungos: Os fungos são organismos que podem causar infecções fúngicas em seres humanos. Candida e Aspergillus são exemplos de fungos frequentemente encontrados em ambientes de saúde.

4. Parasitas: Parasitas são organismos que vivem e se alimentam de outros organismos. Em ambientes de saúde, os parasitas mais comuns são os protozoários, como o Plasmodium, causador da malária, e os helmintos, como os vermes intestinais.

💡Leia mais, Higienização das mãos em serviços de saúde.

Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os agentes manipuladores. 

As principais vias envolvidas em um processo de contaminação biológica, por essas ou outras fontes, são as vias cutânea ou percutânea, com ou sem lesões por acidente com agulhas e vidraria, a via respiratória, por meio de aerossóis, a via conjuntiva, por microgotas ou contato direto com os olhos, e a via oral.

Riscos associados à falta de limpeza e desinfecção

A falta de limpeza e desinfecção com produtos adequados em ambientes de saúde pode aumentar significativamente os riscos biológicos. Algumas das consequências incluem:

Infecções hospitalares: A falta de higiene adequada pode levar ao aumento das infecções hospitalares, que são infecções adquiridas pelos pacientes durante a sua estadia no hospital. Essas infecções podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.

Exposição dos profissionais de saúde: Os profissionais de saúde estão em constante contato com pacientes e materiais contaminados, aumentando o risco de contrair infecções e doenças.

Responsabilidades das instituições

Segundo as normas reguladoras, como a NR-9, o empregador e administrador hospitalar tem a obrigação de identificar os riscos à saúde do funcionário. 

Estes riscos, repassados à equipe antes mesmo de qualquer contratação, são medidos por meio de avaliações planejadas, executadas e implementadas em cada setor da empresa individualmente para eliminação e controle. 

Além disso, é importante considerar a jornada de trabalho, a necessidade de EPIs, temperatura do ambiente, postura entre outros detalhes para garantir que o funcionário tenha capacidade de atender todas as normas de segurança ligadas à biossegurança. 

Soluções para o controle de infecções e biossegurança

Para evitar ou minimizar os riscos biológicos em ambientes de saúde, é fundamental adotar medidas de prevenção e controle. Essas medidas incluem:

Usar equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados para cada atividade e situação de risco.

Os EPIs são uma medida indispensável no atendimento à saúde. Aqui a instituição deve orientar ao uso, oferecer os equipamentos e fiscalizar se todas as boas condutas estão sendo cumpridas.

Seguir as normas de higiene pessoal e higienização correta das mãos.

A higienização das mãos é uma medida simples, mas muito eficaz na prevenção e no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as IRAS são responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade, além de aumentarem os custos dos serviços de saúde e o tempo de internação dos pacientes. 

Já comentamos sobre o assunto em um artigo dedicado a este tema que você pode conferir aqui.

Descartar corretamente os resíduos infectantes.

O descarte do lixo hospitalar demanda conhecimento e treinamento constantes para que cada item seja acomodado em recipientes apropriados e sinalizados.

A escolha por soluções biodegradáveis pode ser, aqui, uma boa forma de gerar resíduos de serviços de saúde (RSS), menos agressivos ao ambiente.

Limpar e desinfetar as superfícies, os equipamentos e os instrumentos que entram em contato com agentes biológicos.

Fundamental no processo de prevenção aos riscos de origem biológica, a devida limpeza e desinfecção de produtos para saúde (PPS) e superfícies deve ser realizada com todo cuidado.

Para os PPS existem uma série de normas e resoluções como a RE n° 2606, de 11 de agosto de 2006 que dispõe sobre as diretrizes para elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento.

Já para as superfícies, o conhecimento sobre a divisão entre áreas críticas, semicríticas e não críticas, pode ser um bom guia para os devidos cuidados.

Imunizar-se contra as doenças para as quais há vacinas disponíveis.

Uma medida básica, mas que não pode ser esquecida, a vacinação precisa ser incentivada e cobrada para que agentes virais, dos mais simples aos mais complexos, tenham seu risco diminuído. 

Notificar e investigar os casos suspeitos ou confirmados de doenças relacionadas aos riscos biológicos.

Casos de doenças ou contaminações relacionadas a possíveis riscos biológicos devem ser notificados compulsoriamente para a Vigilância Sanitária do distrito sanitário de sua área.

Capacitar e orientar os profissionais sobre os riscos biológicos e as medidas de prevenção e controle.

Em se tratando deste último quesito, de capacitação e orientação de equipe, é fundamental que os profissionais de saúde estejam em constante evolução e reciclagem para novas práticas. 

Tanto os agentes biológicos, quanto as soluções de limpeza e desinfecção estão em uma constante corrida evolutiva para gerar melhores resultados. 

No mesmo passo que novas variantes de patógenos são identificadas diariamente, empresas, como a Profilática, investem tempo e recursos para que seus produtos possam ser os mais eficientes possível para a descontaminação e segurança de superfícies e materiais. Tudo pela prevenção da propagação de infecções.

Os riscos biológicos são uma preocupação real em ambientes de saúde, e a falta de limpeza e desinfecção adequadas pode aumentar esses riscos. 

Mantenha seu ambiente e instituição alinhadas com empresas comprometidas em fornecer soluções eficazes para ajudar a controlar e prevenir infecções, garantindo um ambiente seguro para todos.

Sejam em soluções de:

Busque sempre produtos com uso direcionado corretamente para sua necessidade e a possibilidade de treinamento e capacitação oferecidas pela empresa distribuidora. 

Gostaria de saber mais sobre soluções de limpeza e desinfecção, além de oportunidades de atualizar sua equipe? Entre em contato com o atendimento da Profilática e saiba mais!

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