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O que é um superfungo? 

Os fungos, com sua diversidade e complexidade, habitam nosso mundo de maneira silenciosa e muitas vezes imperceptível. No entanto, entre esses microrganismos, existe uma classe especial que merece nossa atenção: os superfungos.

Esses vilões microscópicos têm se tornado uma ameaça constante e crescente para a biossegurança em instituições de saúde em todo o mundo. Seja você um profissional da área da saúde ou não, é bem provável que já tenha ouvido falar destes organismos que ganham as notícias cada vez que um novo surto é identificado.

Em um mundo cada vez mais conectado e globalizado, novos desafios como estes surgem constantemente, fazendo com que a educação e prevenção contra eles seja fundamental.

Continue acompanhando este artigo da Profilática e descubra mais alguns detalhes sobre os superfungos, seus tipos mais comuns, como se espalham e algumas maneiras de enfrentar estes desafios.

Mas afinal, o que é um superfungo?

Um superfungo, também conhecido como fungo super resistente ou fungo multirresistente, é um tipo de microorganismo fúngico que desenvolveu resistência a um ou mais medicamentos antifúngicos comumente utilizados para combatê-los. 

A tolerância contra estes tipos de medicamentos e produtos de limpeza e desinfecção pode surgir a partir de uma série de mutações genéticas que fornecem aos organismos a capacidade de sobreviver mesmo depois de diferentes tentativas de erradicação.

Um agravante, não tão conhecido pelo público, desta resistência durante um processo de infecção, é que os medicamentos antifúngicos são muito tóxicos também para o paciente

Não são raros os casos de efeitos colaterais como calafrios, febre, náuseas, vômitos e anorexia tornam o tratamento das infecções fúngicas extremamente desafiador, podendo levar a graves consequências para a saúde dos pacientes, inclusive à morte.

💡 Leia mais – Limpeza de superfícies e prevenção contra candida auris. conheça as recomendações

Quais são os tipos de superfungos mais comuns?

Existe uma série de patógenos em constante alerta para a ameaça de epidemias em todo o mundo e, entre eles, estão alguns tipos de superfungos que também alertam os profissionais de saúde.

Majoritariamente identificados em ambientes de saúde, os tipos mais comuns atualmente são:

Candida auris 

Esse fungo é um dos mais preocupantes, pois é altamente resistente a antifúngicos e pode causar infecções graves em diferentes partes do corpo, como sangue, pulmões e ouvido.

Um tipo de superfungo especialmente preocupante para o Brasil devido a todos os seus casos identificados em estados como Bahia, Recife e São Paulo, o Candida auris já foi pauta de alguns dos artigos de blog da Profilática, e de um de nossos Materiais Ricos, de download gratuito.

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O Candida auris pode causar candidíase invasiva (fungemia) na qual a corrente sanguínea, o sistema nervoso central e os órgãos internos são infectados. 

Trata-se de um fungo com característica de resistência a múltiplas drogas, e que sobrevive em superfícies por meses, aumentando o risco de colonização, disseminação e infecção.

Aspergillus fumigatus 

Esse fungo pode causar infecções pulmonares graves em pessoas com sistema imunológico debilitado, como pacientes com câncer ou transplantados. 

Causador da Aspergilose, o Aspergillus fumigatus ocorre frequentemente no adubo, nos condutos de ar e no pó do ar, e também está se tornando cada vez mais resistente aos antifúngicos, o que torna o tratamento das infecções mais difícil.

Cryptococcus neoformans

Outro fungo que tem demonstrado resistência crescente aos tratamentos é o Cryptococcus neoformans. Esse fungo pode causar infecções pulmonares e meningite em pessoas com fatores de risco como; portadores de HIV/AIDS, transplantados, em tratamento prolongado de corticoide ou com outras doenças que afetam o sistema imunológico. 

A doença resultante deste tipo de infecção é a Criptococose, que também pode ser adquirida pelo Cryptococcus gattii. A distribuição deste fungo é mundial, onde ele está presente, principalmente, em solo contaminado por excrementos de pássaros como os pombos.

Como os superfungos se espalham?

É importante saber que os fungos, em suas mais variadas espécies, desempenham um papel essencial em ecossistemas.

Presentes em todo o mundo, na natureza eles são os principais decompositores. De acordo com pesquisas, eles são tão importantes para a continuidade da vida quanto as plantas.

Já quando falamos sobre os superfungos, sua presença e forma de contágio pode acontecer de diversas maneiras, incluindo:

Contato direto com uma pessoa infectada: O contato com a pele, mucosas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada por um superfungo pode levar à transmissão do patógeno levando à infecção.

Superfícies contaminadas: Os superfungos, como o Candida auris, podem sobreviver por longos períodos em superfícies como mesas, cadeiras, maçanetas e equipamentos hospitalares. Em alguns casos formando até mesmo biofilme, os fungos podem resistir a uma amplitude de temperaturas e se fixar em mãos e roupas de profissionais de saúde.

Ar: Alguns superfungos, como o Aspergillus fumigatus, podem ser encontrados no ar e ser inalados por pessoas com sistema imunológico reprimido.

💡Leia também – Candida auris: o que é esse superfungo e qual a recomendação da Anvisa para evitar a infecção

Quais são os riscos dos superfungos para a saúde?

As infecções por superfungos podem ser graves e até mesmo fatais, especialmente em pessoas com sistema imunológico debilitado. Os principais riscos das infecções por superfungos incluem:

Dificuldade no tratamento 

As infecções por superfungo são difíceis de tratar devido à resistência aos antifúngicos. Isso pode levar a um maior tempo de internação hospitalar, aumento dos custos com tratamento e maior risco de morte pela presença de outras doenças oportunistas.

Disseminação da infecção

Os superfungos podem se espalhar facilmente para outras pessoas, especialmente em ambientes de saúde. Isso pode levar a surtos de infecção e aumentar o risco de morte para pacientes.

Falta de opções de tratamento

Em alguns casos, não há opções de tratamento eficazes para as infecções por superfungos. Devido sua alta resistência e, como falamos anteriormente, a toxicidade de certos remédios antifúngicos, os superfungos apresentam alta taxa de mortalidade, chegando, no caso do C. auris, até 39% .

Como prevenir a proliferação de superfungos em instituições de saúde?

A prevenção da proliferação de superfungos em instituições de saúde é fundamental para proteger a saúde dos pacientes e profissionais. As principais medidas de prevenção incluem:

  • Higiene das mãos: A higienização das mãos com produtos adequados é uma das medidas mais importantes para prevenir a transmissão de superfungos.
  • Isolamento de pacientes infectados: Os pacientes com infecções por superfungos devem ser isolados em quartos privativos para evitar a transmissão da infecção para outras pessoas.
  • Uso racional de antifúngicos: O uso racional de antifúngicos é essencial para evitar o desenvolvimento de resistência a esses medicamentos. Assim como ocorre com as bactérias resistentes a antibióticos, o uso inadequado de antifúngicos pode selecionar cepas de fungos resistentes, tornando os tratamentos convencionais ineficazes.

Limpeza e Desinfecção Simultânea de Superfícies e Ambientes

Para patógenos de alto risco e resistência, como um superfungo, é fundamental um processo completo de limpeza e desinfecção realizados com soluções de eficiência comprovada.

A limpeza é um processo que abrange procedimentos para remover sujidades visíveis, agregadas ou não às superfícies, sem alterá-las, já a desinfecção é a operação de destruição de microrganismos presentes no ambiente.

Em casos de alto-risco e presença desses fungos, os procedimentos de limpeza e desinfecção devem ser revisados e atualizados, com o uso de produtos como o Ácido Peracético.

Presente em produtos como o ARPO®SEPT, voltado para a desinfecção de alto nível para instrumentais termossensíveis médicos e odontológicos, ou o BACTEREND®OX, indicado para a desinfecção de artigos, equipamentos e superfícies em hospitais e instituições de saúde.

Conte com a Profilática na luta contra os superfungos

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