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Materiais Termossensíveis – Desinfecção com atenção 

Uma série de produtos para a saúde, odontológicos e médicos, não são resistentes a altas temperaturas e podem ser danificados quando expostos ao calor elevado. Chamados de materiais termossensíveis, estes equipamentos exigem, portanto, processos especializados de desinfecção e esterilização que não utilizam vapor ou calor excessivo.

De que maneira então fazer a limpeza e desinfecção desses materiais?

Esses materiais termossensíveis são muito utilizados na área da saúde, pois são flexíveis, resistentes e de fácil manuseio. No entanto, eles também exigem cuidados especiais na hora da desinfecção ou esterilização, para evitar a contaminação cruzada e garantir a segurança dos pacientes e profissionais.

Continue acompanhando este artigo, e entenda o que são os materiais termossensíveis, quais os tipos mais comuns e como realizar a desinfecção adequada desses produtos para saúde. Acompanhe!

O que são os materiais termossensíveis?

Os materiais termossensíveis são produtos para saúde (PPS) que não podem ser submetidos a processos de esterilização que utilizam vapor ou calor seco, pois esses métodos podem comprometer a sua integridade e funcionalidade. 

Esses materiais são geralmente compostos por plásticos, borrachas ou fibras sintéticas, que podem derreter, deformar ou perder suas propriedades quando expostos a temperaturas elevadas.

Alguns exemplos de materiais termossensíveis são:

– Cateteres

– Endoscópios

– Sondas

– Máscaras

– Tubos

– Drenos

– Lentes

Esses materiais são classificados como críticos ou semicríticos, de acordo com o seu grau de contato com o paciente. Os produtos para saúde críticos são aqueles, utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas, como os instrumentais. Os produtos para saúde semi-críticos são aqueles que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas, como os endoscópios.

Os materiais críticos devem ser esterilizados, pois podem transmitir infecções graves se contaminados. Já os materiais semicríticos devem ser submetidos à desinfecção de alto nível ou à esterilização, dependendo do risco de infecção associado ao seu uso.

💡Leia também, PPS – Como armazenar corretamente seus produtos para saúde

Como realizar a desinfecção dos materiais termossensíveis?

Uma responsabilidade da equipe técnica da Central de Material e Esterilização (CME), a desinfecção dos materiais termossensíveis deve ser realizada de acordo com as recomendações do fabricante e as normas técnicas vigentes.

O processo de desinfecção consiste na eliminação de microrganismos patogênicos, exceto esporos bacterianos, de superfícies ou objetos inanimados.

A desinfecção pode ser realizada por métodos físicos ou químicos, com a segunda opção normalmente sendo a mais escolhida para os materiais sensíveis ao calor. Este tipo de tratamento exclusivamente químico pode envolver o uso de uma ou mais substâncias.

Para escolher o método mais adequado para cada material termossensível, é preciso considerar alguns fatores, como:

– O nível de desinfecção requerido (baixo, intermediário ou alto)

– A compatibilidade do material com o agente desinfetante

– O tempo de exposição necessário para a eficácia do método

– A toxicidade e a segurança do agente desinfetante

– O custo e a disponibilidade do método

Todos estes pontos, novamente, são observados pela equipe da CME e pela administração da instituição.

Alguns exemplos de métodos de desinfecção para materiais termossensíveis

Glutaraldeído

Com atuação biocida, bacteriana, virucida, fungicida e esporicida, a esterilização através do glutaraldeído pode ser encontrada em solução aquosa. 

Com a desvantagem da alta toxicidade os produtos à base de aldeídos (glutaraldeído e ortoftalaldeído) estão proibidos na desinfecção de artigos para inaloterapia e assistência ventilatória devido ao seu efeito residual e toxicidade (RDC nº15 – Anvisa), e sendo desaconselhados na desinfecção de PPS na Europa por terem um forte efeito fixador de proteínas sobre os instrumentais, em especial endoscópios.

Peróxido de hidrogênio

Também conhecido como água oxigenada, essa substância tem alto poder de desinfecção porém, não é indicada para alguns materiais pela sua poderosa ação corrosiva.

Ácido peracético

O ácido peracético tem ação desinfetante em temperaturas baixas, mesmo quando há matéria orgânica. Aplicado pela imersão total dos equipamentos, este composto apenas não é indicado para materiais de alumínio anodizado e cobre.

Profilática na desinfecção de materiais termossensíveis

A desinfecção de alto nível para PPS termossensíveis é de alta prioridade para evitar que pacientes sejam alvo de possíveis contaminações. Além disso, a correta escolha de produtos para isso contribui para uma vida útil mais prolongada do material, diminuindo custos.

Com isso em mente, e em contato com a comunidade médica e odontológica, a Profilática desenvolve soluções específicas para o tratamento desse tipo de material sensível às altas temperaturas e pressões. 

PROFISEPT® ACTIVE 

Um desinfetante de alto nível, a sua atividade antimicrobiana é baseada também no ácido peracético ‘in situ”, eliminando os germes mais resistentes, como esporos, bactérias, fungos, micobactérias e vírus.

Indicado para todos os instrumentais ou materiais termossensíveis, o ARPO®SEPT possui ainda uma fórmula não corrosiva e de baixa toxicidade, podendo ser usado, inclusive, nos materiais mais sensíveis como as ponteiras dos scanners digitais.

💡 Leia mais em, Umectação/pré-limpeza na odontologia

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