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Odontologia Hospitalar – Cuidados para a prevenção em ambientes de risco

A odontologia desempenha um papel fundamental na prestação de cuidados de saúde, não apenas em consultórios, mas também em ambientes de médio e alto risco, como dentro de hospitais e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Nessas unidades, os pacientes frequentemente enfrentam condições críticas de saúde, tornando a odontologia hospitalar ainda mais importante. 

Mas do que se trata a odontologia hospitalar? Esse tipo de especialidade demanda atenção extra no quesito de biossegurança?  

Neste artigo, discutiremos esses e outros pontos sobre o cuidado odontológico em ambientes de risco e a necessidade de cuidados e produtos adequados para limpeza, desinfecção e biossegurança. Acompanhe!

O que é a Odontologia Hospitalar?

Um ramo da odontologia, a odontologia hospitalar é uma especialidade que visa fornecer cuidados odontológicos a pacientes hospitalizados ou em assistência domiciliar, muitos dos quais estão em condições críticas ou imunocomprometidos. 

Esses pacientes podem apresentar uma série de condições orais que requerem atenção especializada, incluindo infecções, lesões, doenças periodontais e problemas relacionados a tratamentos médicos, como a mucosite oral em pacientes submetidos à quimioterapia.

No Brasil, a Odontologia Hospitalar foi legitimada em 2004 com a criação da Associação Brasileira de Odontologia Hospitalar (ABRAOH). 

Quatro anos depois, em 2008, a Lei nº 2776/2008 foi decretada e a presença do dentista nas equipes multiprofissionais hospitalares e nas UTIs foi considerada obrigatória

A importância da Odontologia Hospitalar para pacientes

Mesmo sendo parte fundamental da equipe multidisciplinar que atua no cuidado e atenção de pacientes em ambiente de internação, muitas pessoas ainda não imaginam que o profissional de odontologia tenha ação ativa nestes espaços.

Com funções que vão desde a cirurgia, como em casos de traumas bucomaxilofaciais, até a profilaxia e cuidados de manutenção e avaliação da saúde oral, o profissional de odontologia hospitalar possui um papel fundamental prevenindo e minimizando riscos de infecções bucais, preservando a saúde do paciente e dando mais qualidade durante o tempo em que precisa permanecer internado. 

Podemos dividir, essencialmente, o trabalho do dentista e cirurgião dentista nestes casos em duas etapas:

Prevenção

A boca abriga microorganismos que, com facilidade, ganham a corrente circulatória, expondo o paciente a um risco de uma enfermidade. É por isso que os cirurgiões-dentistas realizam higiene oral adequada para pacientes internados.

Essas ações de prevenção e higiene podem incluir a  identificação de cáries, aparelhos e próteses mal higienizadas. 

Também pode ser realizada a identificação de doenças ou consequências de técnicas de internação e do uso de medicamentos que possam afetar a saúde bucal.

Diagnóstico e tratamento

Além do cuidado preventivo, a odontologia hospitalar também se envolve em ações para a remoção destas superfícies acumuladoras de bactérias, próteses e dentes condenados.

Pontos assim visam remover ao máximo fatores de retenção de biofilme. Um termo tratado aqui na Profilática com outros enfoques, esse mesmo conceito de biofilme, sejam em cáries extensas, cálculos dentários, próteses e aparelhos, pode gerar uma série de problemas.

É ideal que essas medidas sejam tomadas logo no início da internação para evitar o desenvolvimento de novos problemas de saúde, já que as infecções podem começar na boca, onde o acúmulo de tártaro e cáries pode levar a problemas de saúde graves em pacientes já debilitados. 

💡 Leia mais, Biossegurança na odontologia: um guia para dentistas e consultórios

Biossegurança na odontologia hospitalar

Longe de sua zona de conforto, representada por procedimentos simples, em pacientes saudáveis ou ligeiramente comprometidos, em consultórios ergonômicos e bem planejados, a odontologia hospitalar é baseada em uma rotina diversa e desafiadora.

Entre os principais pontos de atenção com necessidade de emprego de medidas de segurança, podemos mencionar:

  • Uso de equipamentos de proteção individual (EPI);
  • Esterilização do instrumental;
  • Desinfecção do equipamento;
  • Desinfecção do ambiente;
  • Antissepsia da boca do paciente.

Seguindo a normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a biossegurança é definida como uma condição de segurança alcançada pela adoção de um conjunto de atividades que visam prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos.

Em relação à classificação das áreas, a odontologia hospitalar se resume às Áreas Críticas e Áreas Semi-críticas

Sobre os tipos de procedimentos também podemos resumir em Procedimentos Críticos e Procedimentos Semi-críticos, já que a odontologia, no geral, não opera com processos que não envolvam algum nível de contato com secreções orgânicas, classificados de não críticos.

Equipe responsável e paciente seguro

Novamente, ao contrário do ambiente limitado de um consultório, o profissional de odontologia em uma unidade de saúde deve comandar e contar com o bom trabalho de todo um time diverso de profissionais.

Desde a equipe de limpeza, com o trabalho de biossegurança empregado em superfícies com detergentes desinfetantes de nível intermediário, e o time de CME no tratamento dos Produtos Para Saúde (PPS) com técnicas de lubrificação dos instrumentais, limpeza e desinfecção de mangueiras e sugadores

Até a equipe de atendimento direto com higienização correta e constante das mãos com produtos como dispensers eletrônicos automáticos, cada ação deve ser pensada para a redução do risco e proteção de todos os envolvidos. Pacientes e profissionais.

💡Leia também, Tratamento e prevenção de instrumentais odontológicos

Para ajudar na prevenção e controle de infecções, a Profilática investe no desenvolvimento de equipamentos e produtos pensados no dia a dia de profissionais de saúde. Quer conhecer um pouco mais sobre essas soluções? Acesse nosso catálogo de produtos hospitalares, odontológicos e de equipamentos e descubra! 

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