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Biossegurança na odontologia: um guia para dentistas e consultórios

Os processos para uma correta biossegurança na odontologia são muitos, mas com a ajuda de guias e produtos corretos eles podem ser facilitados.

“Biossegurança na Odontologia é o conjunto de procedimentos, adaptados no consultório, com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe”. 

Essa definição, citada em apostilas de normas e boas práticas, estabelece os meios de prevenção de acidentes e controle de infecções para a área. Com o emprego de medidas de segurança, equipamentos de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente e antissepsia da boca do paciente, a biossegurança na odontologia, assim como no ambiente hospitalar, demanda atenção de todos os profissionais. 

Este conjunto de ações e normas são um assunto de extrema importância para os profissionais da saúde. 

Dados mostram que, além dos cuidados com pacientes, o trabalho da equipe também demanda atenção. Nos últimos dois anos analisados pelo Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho (2020 e 2021), as ações de atenção laboratorial executadas por médicos e odontólogos estiveram entre as 10 atividades com mais notificações de acidente de trabalho.

Com foco em agentes biológicos e físicos como os maiores causadores desses acidentes, o relatório é apenas mais uma amostragem de como a biossegurança é fundamental.

Durante a realização de qualquer procedimento odontológico, desde o mais simples até o mais complexo atendimento, tanto os profissionais quanto seus pacientes estão expostos a riscos. 

Com isso tudo em mente, pela saúde e segurança de todas as pessoas envolvidas, a equipe da Profilática criou este guia de biossegurança na odontologia. Para uma rápida consulta ou como forma de educação do seu público, esperamos que seja interessante para todos. Acompanhe!

O que é biossegurança na odontologia?

A biossegurança pode ser definida em uma frase, mas suas ações são inúmeras. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ela é definida como uma condição de segurança alcançada pela adoção de um conjunto de atividades que visam prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos. Estes riscos, vale lembrar, são inerentes às atividades que possam comprometer a saúde de todos os profissionais e o meio ambiente.

A Biossegurança é uma ciência nova e multidisciplinar, que dá ênfase às ações de prevenção, diminuição ou eliminação dos riscos próprios à atividade.

No Brasil, a biossegurança se estruturou como área específica nas décadas de 1970 e 1980. De lá pra cá uma série de novos estudos e práticas foram sendo adicionadas para cobrir e prevenir contra novos e constantes riscos.

É Importante lembrar que a equipe de Saúde Bucal (ESB) tem como papel fundamental a manutenção e prevenção da saúde bucal da população. 

Ao atuar no sistema estomatognático, o time se coloca em contato direto com doenças infecto-contagiosas. 

Classificação de áreas de biossegurança

Na odontologia, a classificação de risco das áreas, procedimentos e instrumentos podem alterar significativamente os cuidados que a equipe deve seguir. 

Similares, em alguns casos, com outras áreas da saúde, a biossegurança na odontologia tem suas particularidades que merecem a atenção da equipe e de empresas, como a Profilática, que desenvolve produtos para todas as etapas desta limpeza. 

Para ajudar você a identificar melhor como isso funciona, separamos aqui cada uma destas áreas.

Áreas críticas

São principalmente as áreas onde a sujeira e matéria orgânica (sangue, saliva, aerossóis, etc.) se depositam, aumentando o potencial de contaminação. Devem ter atenção máxima e cuidados do dentista, equipe e pacientes. Exemplos de alguns destes locais são: Sala de atendimento, Centro Cirúrgico, Área de limpeza e preparo de Produtos para Saúde (PPS – materiais), Setor de esterilização, e Banheiros.

Áreas semi-críticas

Aquelas áreas com um risco um pouco menor e que geralmente são acessadas apenas pelos profissionais da saúde e administração. Alguns destes locais são: Laboratório e Lavanderia.

Áreas não críticas

Estas áreas são lugares sem pacientes e que não estão em contato com os agentes biológicos. Alguns exemplos são: Recepção, Sala do Dentista, Sala de repouso e Refeitório.

instrumentos e procedimentos podem ter diferentes categorias na biossegurança em odontologia

Classificação de Produtos Para Saúde – PPS

De acordo com a especialização e o uso em procedimentos menos ou mais invasivos, os Produtos Para Saúde – PPS (materiais instrumentais, etc.), seguindo os manuais dos fabricantes, devem passar por processos específicos de limpeza de acordo com a biossegurança na odontologia.

Além de procedimentos de base, como a umectação/pré-limpeza dos PPS, alguns itens podem demandar produtos e equipamentos de limpeza diferenciados.

Artigos críticos

São Produtos Para Saúde (PPS) críticos, instrumentais de corte ou ponta que penetram nos tecidos sub-epiteliais. Estes devem ser obrigatoriamente esterilizados.

Artigos semicríticos

Estes são Produtos Para Saúde (PPS), instrumentais ou artigos, que entram em contato com a mucosa ou pele íntegra (moldeiras, espelhos, instrumentais para restaurações). Estes devem ser limpos e desinfetados, mas quando possível e preferencialmente esterilizados.

Artigos não críticos

São Produtos Para Saúde (PPS), instrumentais ou artigos, que entram em contato apenas com a pele íntegra ou não entram em contato com o paciente (pinça perfuradora de lençol de borracha, arco de Young, mufla e etc). Estes devem ser limpos e desinfetados.

Classificação de Procedimentos

Conforme os procedimentos se tornam mais complicados, eles exigem um maior número de PPS que, por sua vez, pedem cuidados mais intensivos. A exposição da equipe a diferentes tipos de secreções pode modificar todas as exigências da biossegurança na odontologia.

Procedimentos críticos 

Quando há penetração no sistema vascular (cirurgias e raspagens sub-gengivais)

Procedimentos semi-críticos

Quando entram em contato com secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular (inserção de material restaurador, aparelho ortodôntico).

Procedimentos não críticos

Quando não há contato com secreções orgânicas nem penetração no sistema vascular. Na Odontologia não existe nenhum procedimento que possa ser classificado nessa categoria.

Boas práticas da biossegurança na odontologia

As medidas de biossegurança na clínica odontológica, se iniciam por uma criteriosa anamnese do usuário, uso de EPI e do EP, para equipe de saúde bucal e outros profissionais presentes. 

Correta e minuciosa, a técnica de lavagem das mãos de toda a equipe deve ser reforçada. Confira o uso de luvas de procedimentos ou cirúrgicas dependendo do processo a ser realizado.

O preparo, desinfecção, esterilização e armazenamento do instrumental (PPS) deve ser feito sempre utilizando produtos adequados e especializados para a área da saúde.

A prática de uma correta ergonomia, manuseio e eliminação apropriados dos resíduos orgânicos, além da vacinação de toda equipe de saúde bucal, são recomendados e fundamentais. Vale lembrar que a validação dos processos de limpeza e desinfecção podem, e devem ,ser aplicados para se certificar dos resultados

Toda sua equipe é responsável

O cuidado coletivo presume que não é apenas responsabilidade do dentista cuidar da biossegurança do local, sendo algo que pacientes e demais profissionais do consultório também devem seguir as orientações e medidas adotadas pelo estabelecimento. 

E os pacientes também

Para que tudo corra perfeitamente e seu paciente possa ser tratado sem problemas, é importante que você também passe algumas orientações para ele. Além das mais óbvias, como higienização de rosto e mãos, é válido solicitar o uso de protetor de calçados e o não uso de celular após lavar as mãos até o fim do procedimento. 

a biossegurança na odontologia depende também do apoio dos pacientes

O que a Vigilância Sanitária exige para consultório odontológico?

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a biossegurança na odontologia deve seguir uma série de regras coletivas para não comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente.

A agência é a responsável pelo desenvolvimento, aprimoramento e fiscalização da execução de normas de atendimento a pacientes nos vários estabelecimentos de saúde, inclusive, como destacamos até agora, as clínicas odontológicas.

Em fevereiro de 2002, foi aprovada a resolução RDC – Nº 50, que dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais à saúde.

É fundamental estar sempre atualizado com este tipo de documento e regulamentação.

Conclusão

São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança na odontologia como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas. 

Diversos agentes de contaminação, presentes em secreções respiratórias, sangue e saliva dos pacientes fazem dessa área, uma das mais exigentes nestes tipos de cuidados.

A atenção máxima com a proteção de todos os presentes em consultórios odontológicos é uma das principais marcas da Profilática. Isso é visto em nossa linha de soluções para limpeza e desinfecção de superfícies, que contam com a mais alta tecnologia e eficiência do mercado. 
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