Assepsia e antissepsia são dois conceitos fundamentais para o controle de infecções (biossegurança) em hospitais e ambientes de saúde. Ambos se referem a medidas preventivas para evitar a contaminação por microrganismos patogênicos, que podem causar infecções e doenças.
Mas você sabe qual é a diferença entre eles? E em que momento cada um deve ser aplicado?
Embora tenham grafias e sonoridades parecidas, ambos os termos envolvem uma série de técnicas, usos e regulamentações diferentes.
Neste artigo, vamos explicar as principais características das duas técnicas e como elas contribuem igualmente para a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde.
O que é assepsia?
“Sepsis”, do grego, significa putrefação ou infecção. Portanto, tem também o significado para a presença de uma contaminação por patógenos no organismo. Sendo assim, “a-sepsis”, significa contra infecção ou ausência de infecção.
Daí a assepsia é um procedimento ou um conjunto de medidas que visam impedir a contaminação de um ambiente ou superfície por microrganismos patogênicos capazes de levar doenças para o organismo.
Neste contexto, os profissionais de saúde utilizam medidas de assepsia para evitar, direta ou indiretamente, a transmissão de micro-organismos.
Assepsia do ambiente
A assepsia é aplicada em locais ou superfícies inanimadas onde há risco de contaminação e infecção, como salas cirúrgicas, unidades de terapia intensiva, laboratórios e Produtos para Saúde (PPS).
Com a aplicação de técnicas disponíveis em manuais de saúde, este procedimento visa impedir a introdução de germes patogênicos em determinado ambiente e objetos.
É o cuidado com a limpeza e higiene de tudo que nos cerca e envolve a remoção da sujidade visível e a aplicação de produtos químicos específicos para eliminar os microrganismos presentes nas superfícies.
Os métodos físicos de assepsia envolvem o uso de calor seco ou úmido, radiação ou filtração para eliminar os microrganismos. Já os métodos químicos consistem na aplicação de substâncias germicidas ou desinfetantes sobre os objetos ou superfícies que devem ser esterilizados.
Por exemplo, ARPOSURF PREMIUM, ou o SURFIC®, da Profilática, são agentes químicos que podem ser usados para a desinfecção de superfícies amplas (pisos, paredes, mobiliários) bem como superfícies de alto toque.
O que é antissepsia?
A antissepsia é um conjunto de medidas que visam eliminar ou reduzir os micro-organismos já presentes em uma superfície ou tecido vivo. A antissepsia é aplicada na pele ou nas mucosas do paciente ou do profissional de saúde, antes ou depois de um procedimento invasivo ou potencialmente contaminante.
A Antissepsia se realiza antes, durante e depois de uma cirurgia, com o objetivo de evitar a infecção do campo operatório e das feridas cirúrgicas. O procedimento envolve a aplicação de produtos antissépticos testados e autorizados para aplicação nas mãos, dos antebraços e das unhas dos profissionais envolvidos.
É importante lembrar que o uso de luvas estéreis não elimina a necessidade de higienização das mãos, uma vez que luvas podem apresentar micro-furos, ou se romper durante procedimentos com pacientes, em especial em procedimentos cirúrgicos, podendo contaminar a ferida cirúrgica. As luvas apenas servem para reduzir o risco de algum germe passar do paciente para a equipe cirúrgica.
Tipos de antissepsia
Antissepsia da pele
Que se realiza na limpeza da pele antes de um procedimento invasivo ou cirúrgico, com o objetivo de diminuir a flora bacteriana normal da pele e evitar a infecção do local.
Antissepsia das mucosas
Realizada na limpeza das mucosas antes de um procedimento invasivo ou cirúrgico, com o objetivo de diminuir a flora bacteriana normal das mucosas e evitar a infecção do local.
Antissepsia das feridas
Com o objetivo de eliminar os microrganismos, essa antissepsia é a que se realiza na limpeza das feridas abertas ou fechadas, reduzindo e combatendo agentes presentes na ferida e evitando a infecção ou complicações da cicatrização.
Normalmente, a antissepsia é feita através de substâncias químicas (antissépticos), como bactericidas, desinfetantes e outros produtos que têm a finalidade de higienizar determinado local ou tecido vivo evitando a infecção de pacientes.
Antissépticos
São produtos, que contêm ingrediente(s) ativo(s), colocados em contato com partes superficiais do corpo humano (pele,sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos) ou com os dentes e as mucosas da cavidade oral, cuja função primária/principal é reduzir o risco da presença de microrganismos, como bactérias, vírus e fungos.
Os antissépticos podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com o seu mecanismo de ação, o seu espectro de atividade, o seu tempo de duração e o seu grau de irritação. Alguns exemplos de antissépticos são: álcool etílico, álcool isopropílico, iodo, clorexidina, peróxido de hidrogênio.
Cada antisséptico tem uma indicação específica, dependendo do tipo de superfície ou tecido a ser tratado, da quantidade e da frequência de aplicação.
Envolve a aplicação de produtos químicos específicos para cada tipo de pele e região do corpo, como álcool, iodo, clorexidina, etc.
A importância da assepsia e antissepsia
A assepsia e a antissepsia são medidas fundamentais para prevenir e combater as infecções hospitalares, que podem trazer sérias complicações para os pacientes, em diversos estágios de tratamento e recuperação. Para os profissionais de saúde estas mesmas vantagens se aplicam.
A assepsia e a antissepsia devem ser realizadas antes, durante e depois de qualquer procedimento cirúrgico ou invasivo, como cateterismo, punção venosa, intubação, entre outros.
Para cada uma destas técnicas existem produtos que tem uma indicação específica de uso, dependendo da superfície a ser tratada, do tipo de procedimento e do tempo de ação desejado.
Ambas as técnicas são essenciais para garantir a biossegurança de hospitais e espaços de saúde, evitando a transmissão de doenças infecciosas e a resistência bacteriana.
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