Os seres humanos fazem parte de um ecossistema no qual microrganismos, quase invisíveis, estão diariamente ameaçando sua saúde e existência, como vírus envelopados e bactérias causadoras de diversas doenças, algumas mais leves e outras mais sérias e preocupantes.
Da busca por proteção, nascem as descobertas científicas de medicamentos, vacinas e medidas de prevenção, como as práticas de biossegurança para evitar contaminações e infecções. Assim como surgem os conhecimentos avançados sobre a natureza e características dos microrganismos.
Por exemplo, a invenção do microscópio permitiu que os homens pudessem observar os vírus, compreendendo as características básicas deles. Atualmente, sabe-se que os vírus são constituídos por uma camada protéica (capsídeo) que envolve o material genético (DNA ou RNA) e que pode variar conforme o tipo de vírus.
Além disso, é fato conhecido que os vírus possuem capacidade de autorreprodução. Para isso, necessitam de uma célula hospedeira, pois não possuem célula própria, somente material genético. Esse é um dos motivos de não haver consenso na comunidade científica sobre o vírus ser ou não considerado um ser vivo. Outra característica dos vírus é que eles são muito suscetíveis a sofrer mutações.
Vírus envelopados e infecções
No caso das infecções virais, os vírus envelopadas representam um risco a mais. Vírus envelopados são aqueles recobertos por uma camada lipídica formada após saírem da célula que invadiram.
Por isso, os vírus envelopadas tendem a serem menos resistentes em ambientes externos, porém, não são detectados como corpos estranhos pelas células de defesa do organismo, dando uma vantagem para o vírus infectar as pessoas.
Não são todos os vírus que possuem a capacidade de formar esse “envelope”, criado por um pedaço da membrana celular do hospedeiro. São exemplos de vírus envelopados o vírus Chikungunya, dengue, Zika e, claro, o mais famoso recentemente SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
Como eliminar vírus envelopados
Vírus envelopadas são inativados mais facilmente do que os vírus não envelopados. Esse tipo de vírus é mais sensível a desinfetantes e fatores físicos e químicos, pois, a ação desses agentes remove o envelope, assim como desnatura os ácidos nucléicos, inativando o vírus.
Dessa forma, é importante que a limpeza e desinfecção de superfícies nas instituições de saúde seja realizada de forma rotineira e com uso de produtos específicos regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses cuidados servem para inativar os vírus envelopados, prevenindo contaminações.
A desinfecção de superfícies para eliminação de vírus envelopados pode ser feita com:
- Quaternários de amônio;
- Alquilamina;
- Ácido peracético;
- Hipoclorito de sódio;
- Peróxido de hidrogênio;
- Demais desinfetantes aprovados pela Anvisa.
Além dos vírus envelopados, a limpeza e desinfecção de superfícies contribui para prevenir infecções causadas por outros agentes. Para saber mais, indicamos a leitura do artigo Boas práticas de biossegurança para evitar contaminações hospitalares!