Indispensáveis para os procedimentos de higiene das instituições de saúde, os saneantes hospitalares estão diretamente relacionados à biossegurança e a qualidade do serviço prestado pelo hospital ou clínica.
Afinal, a qualidade do saneante impactará diretamente na eficácia dos processos de limpeza, desinfecção, esterilização, sanitização, odorização e desodorização.
Como você já sabe, falhas de limpeza, desinfecção e/ou esterilização podem trazer inúmeros riscos para os pacientes, especialmente nos casos cirúrgicos. Sendo assim, a escolha dos saneantes hospitalares é de suma importância para diminuir os riscos de contaminações que podem resultar em infecções.
Mas, em meio a tantas opções de saneantes disponíveis no mercado, como é possível ter certeza de que você está escolhendo o produto ideal?
Pensando nisso, separamos alguns cuidados que você deve ter na hora de optar pelo produto correto para limpeza e desinfeção de instrumentais e demais superfícies hospitalares.
Confira a seguir!
1. O produto possui registro na Anvisa?
A primeira informação que você deve buscar sobre um saneante hospitalar é se ele possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo autorizado pelo Ministério da Saúde. A agência reguladora é a responsável por classificar os saneantes hospitalares de acordo com o:
- Uso;
- Venda;
- Indicação;
- Risco apresentado.
Isso significa que, durante a avaliação dos produtos, a Anvisa analisa vários fatores, desde a toxicidade e concentração das substâncias, até as condições de uso. Ou seja: para que um saneante seja registrado pela Anvisa, ele precisa cumprir diversos pré-requisitos, garantindo um rigoroso controle de qualidade.
Apesar desse registro ser obrigatório, há uma grande quantidade de produtos vendidos de forma irregular. E por que eles são comercializados dessa forma? Pois não cumprem as exigências da agência reguladora. Isso significa que, além de não serem eficazes, podem causar riscos à saúde.
É importante frisar que saneantes possuem classificação para uso domético, profissional e uma específica para uso em ambientes de assistência à saúde. Portanto, só adquira saneantes hospitalares que tenham a indicacao de uso para ambientes de assistência à saúde.
2. O produto é compatível com os tipos de superfícies e/ou materiais que terão contato com ele?
Como dissemos, existem inúmeros tipos de produtos e cada um deles é indicado para diferentes finalidades. Há também o fato de que cada saneante possui uma composição e um princípio ativo.
Ou seja, nem sempre um saneante será compatível com todos os tipos de materiais e/ou superfícies. Por essa razão, na hora de escolher os saneantes hospitalares, é preciso ter como base a superfície a ser higienizada e compreender todas as necessidades do espaço.
Somente dessa forma você saberá ao certo se o produto escolhido atenderá às suas expectativas e não danificará os PPS.
3. Qual é a procedência dos saneantes hospitalares?
Você sabia que os saneantes hospitalares devem obrigatoriamente possuir rótulos? Pode parecer uma coisa óbvia, mas, acredite, muitos profissionais não se atentam a isso, abrindo margem para empresas clandestinas comercializarem produtos.
Nos rótulos dos saneantes hospitalares, devem constar informações fundamentais para que você conheça a procedência dos produtos. Dentre as informações que, obrigatóriamente, devem constar no rótulo, estão:
- Nome do fabricante ou importador;
- Data de fabricação;
- Prazo de validade;
- Número do lote;
- Nome do responsável técnico, telefone e endereço completo;
- Número do registro no Ministério da Saúde, por meio da Anvisa);
- Instruções de uso;
- Avisos sobre perigos;
- Informações sobre primeiros socorros;
- Número para atendimento ao consumidor.
Vale ressaltar que o rótulo não pode apresentar nenhuma avaria que prejudique a leitura do mesmo, como rasgos, manchas, descolagem, entre outras.
Além de rejeitar produtos sem rótulos, também não é aconselhável adquirir saneantes hospitalares:
- Sem as informações obrigatórias do rótulo;
- Produtos cuja embalagem parece ter sido aberta;
- Produtos cuja embalagem esteja amassada, enferrujada, rasgada, estufada ou furada;
- Produtos armazenados em grandes volumes, que são passados para outras embalagens no momento da compra.
4. O produto é fácil de ser usado?
Além da eficácia do produto, também é importante ponderar quão bem ele poderá ser inserido na rotina do hospital.
Basta lembrar do quão difícil pode ser fazer com que todos os profissionais cumpram os protocolos de limpeza e desinfecção recomendados, para compreender por que um produto de fácil uso é o mais indicado.
Sem falar que quanto mais fácil for seu uso, mais rapidamente ele será integrado ao dia a dia do hospital. Consequentemente, a rotina hospitalar será facilitada e possíveis erros durante o processo serão evitados.
5. O produto é eficaz?
Você já sabe que os saneantes hospitalares precisam cumprir alguns pré-requisitos para serem registrados pela Anvisa e um dos mais importantes diz respeito à eficácia do produto.
Porém, mesmo que o saneante em questão tenha sido aprovado, é importante realizar alguns testes laboratoriais e estar atento às informações técnicas do produto.
Afinal, existem alguns fatores que podem interferir na eficácia dos saneantes, como:
- Tipo de superfície;
- Concentração do produto;
- Tempo de contato;
- Presença de sujidade ou matéria orgânica.
Por se tratar de variáveis de extrema relevância, a realização de testes se torna uma das formas mais seguras de garantir a eficácia do produto.
Essas são as cinco perguntas que todo profissional deve fazer ao buscar por novos saneantes hospitalares para incorporar à rotina de higienização e desinfecção.
Pode ter certeza que ao utilizá-las como base, as chances de você errar na escolha do produto ideal reduzem consideravelmente.
Agora que você já sabe o que avaliar na hora de escolher os saneantes hospitalares, confira nosso artigo que ensina como escolher o melhor desinfetante hospitalar!