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Qual produto escolher para a limpeza de PPS na CME

O desafio de qual produto escolher para todas as etapas de limpeza de PPS exige uma série de cuidados. Confira os principais.

Um dos passos fundamentais para o correto processamento de produtos para saúde (PPS), com destaque para a segurança e controle de qualidade nas suas etapas, é a compreensão das diferenças entre os produtos saneantes e sua correta aplicação nas diferentes fases dos procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização.

Essa responsabilidade pode cair sobre a equipe da Central de Material e Esterilização (CME) ou, compartilhadamente, com o time de gestão e compras do estabelecimento de saúde. 

O CME é dividido em áreas ou salas (espaços físicos estruturalmente isolados), de acordo com as atividades nelas desenvolvidas: recepção, limpeza, preparo, esterilização, armazenagem, distribuição e desinfecção e, em cada uma delas, o processamento de PPS pode ser executado de forma única ou com particularidades, de superfície ou de práticas, que exigem diferentes produtos.

Critérios de avaliação na escolha dos produtos

O investimento em processos de desinfecção e esterilização sofisticados será perdido se a limpeza não for feita de maneira efetiva. Assim, é fundamental conhecer os princípios e indicação para qual produto será escolhido e em que etapa da limpeza ele será aplicado.

Para ajudar com isso, listamos aqui algumas etapas que devem ser levadas em conta na hora de escolher e adquirir seus compostos para limpeza.

Qual produto escolher para o uso no CME é uma dúvida frequente.

Indicações de uso

Comumente, tem sido utilizado a subdivisão dos PPS segundo a classificação de Spaulding, que utiliza como base o grau de risco potencial de transmissão de microorganismos envolvido no uso destes itens.

Este tipo de classificação, entre PPS Crítico, PPS Semi-crítico e PPS Não-crítico, é normalmente a base na escolha e controle de qual produto usar em cada fase de trabalho no CME.

Eficácia

É sabido que todos os produtos de limpeza utilizados em ambientes hospitalares precisam cumprir alguns pré-requisitos para serem registrados pela Anvisa, e um dos mais importantes diz respeito à eficácia de qual produto for escolhido. 

Porém, mesmo que o item em questão escolhido tenha sido aprovado, é importante realizar alguns testes laboratoriais e estar atento às informações técnicas do produto.

O processo de validação de limpeza engloba vários pontos: equipamentos, insumos e processos.

Para verificação da eficácia da limpeza temos disponível no mercado várias opções de testes (Teste de proteína, testes que simulam o sangue, testes que simulam instrumentais de conformação complexa e testes de limpeza e desinfecção de superfícies), o ideal seria testar para verificar qual atenderá sua necessidade.

Rendimento

Pensando não somente nos custos, mas também na dinâmica de armazenagem, é fundamental conhecer qual o rendimento dos produtos escolhidos para a limpeza dos materiais no CCS. 

Podendo, em alguns casos, serem aplicados diretamente da embalagem, alguns dos produtos são apresentados de maneira concentrada que, apesar de exigir uma diluição específica, acaba oferecendo uma vantagem no rendimento e praticidade de acomodação e estocagem.

No caso de produtos que exigem a diluição, equipamentos como a linha PROFISYS®, que é um Sistema Gerador de Produto Pronto Uso (SGPU®), podem ser necessários.

Compatibilidade

Há diferentes agentes desinfetantes disponíveis no mercado, os principais e mais comuns são os glutaraldeídos, formaldeídos e ácido peracético. Porém, é importante levar em consideração que algumas formas de esterilização, superfícies ou embalagens usadas nos procedimentos no CCS, não são compatíveis com todos estes compostos.

Atualmente existem inúmeros tipos de produtos e cada um deles é indicado para diferentes finalidades. Há também o fato de que cada saneante possui uma composição e um princípio ativo. Ou seja, nem sempre o produto escolhido será compatível com todos os tipos de materiais e superfícies. Por essa razão, na hora de escolher os saneantes hospitalares, é preciso ter como base a superfície e/ou PPS a ser higienizada. 

Somente dessa forma você saberá ao certo se o produto escolhido atenderá às suas necessidades, e não danificará os PPS. 

Praticidade para a utilização

Quando for escolher qual produto implementar no seu CCS, é importante levar em conta a praticidade e o quão bem ele poderá ser inserido na rotina do hospital e seus profissionais.

Basta lembrar do quão difícil pode ser fazer com que todos os responsáveis cumpram os protocolos de limpeza e desinfecção recomendados, para compreender por que um produto de fácil uso é o mais indicado.

Sem falar que quanto mais fácil for seu uso, mais rapidamente ele será integrado ao dia a dia do hospital. Consequentemente, a rotina hospitalar será facilitada e possíveis erros, que podem trazer riscos aos materiais e aos pacientes, durante o processo serão evitados.

Todas as ações de controle para a escolha de produtos, apesar de algumas vezes redundantes, são necessárias para a boa execução do trabalho no CME, evitar contaminações no ambiente hospitalar e assegurar procedimentos seguros de atendimento aos pacientes.

Quanto mais essas informações forem conhecidas por toda a equipe, maior será a eficiência no atendimento aos pacientes e aos profissionais que dependem diariamente de uma infinidade de processos de limpeza, desinfecção e esterilização. 

Para continuar por dentro do assunto, e se aprofundar ainda mais no tema de gestão de produtos, confira nosso artigo que ensina sobre boas práticas na limpeza do piso hospitalar!

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