Existem ambientes cuja limpeza e desinfecção é determinante para o seu adequado funcionamento. Clínicas médicas, odontológicas, laboratórios e hospitais são exemplos disso. É por esse motivo que o conceito de biossegurança é tão forte na área da saúde.
Entenda mais a seguir.
Qual é o objetivo da biossegurança?
De forma geral, podemos entender que a biossegurança tem como objetivo garantir a segurança das pessoas que trabalham ou são atendidas em ambientes que poderiam apresentar algum risco de saúde, devido à presença de agentes contaminantes.
Esses cuidados também se estendem aos animais. Portanto, clínicas e laboratórios veterinários também precisam dominar os procedimentos de biossegurança.
Qual a importância da biossegurança em ambientes hospitalares?
A presença de agentes contaminantes impede o atendimento dos pacientes, colocando as vidas das pessoas em risco.
Em julho deste ano, uma reportagem mostrou que o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) lidava com uma situação que impediu o atendimento de seus pacientes.
A presença de uma bactéria multirresistente infectou recém-nascidos, obrigando os pacientes a serem transferidos para outros hospitais. Além disso, o HMIB também lidou com uma infestação de ácaros e piolhos de pombos.
Esse conjunto de problemas aumentou drasticamente o risco à saúde de quem frequentava o hospital, seja a trabalho ou em busca de atendimento médico. Ademais, enquanto o local era dedetizado, outros hospitais precisaram atender esses pacientes, exigindo mais recursos e prejudicando a qualidade do atendimento.
Quais as boas práticas em biossegurança que todos devem seguir?
Garantir que o ambiente médico-hospitalar seja seguro, pede colaboração de todos os profissionais, independentemente das funções. Sendo assim, o treinamento é uma das principais recomendações.
Essa capacitação deve ser feita por pessoa ou empresa com experiência na área, obedecendo às recomendações da legislação vigente e dos procedimentos hospitalares.
Abastecimento de materiais
No dia a dia, os funcionários precisarão de uma série de materiais para conseguirem trabalhar sem riscos. As luvas são necessárias sempre que o indivíduo for manusear material com risco biológico, por exemplo. Isso inclui a saliva ou outras secreções do paciente.
Portanto, é preciso manter o estoque desses materiais sempre a um nível seguro, já que a ausência de itens de higiene, limpeza ou Equipamento de Proteção Individual (EPI) inviabiliza a biossegurança.
Infraestrutura adequada
É fundamental que os funcionários tenham locais para se higienizarem. O uso de luvas não retira a necessidade das mãos serem lavadas, por exemplo. Além disso, dependendo do tipo de material que será manipulado, pode ser necessária a instalação de chuveiros de emergência.
Esses equipamentos são usados para retirar a presença de algum agente nocivo da pele ou do uniforme do funcionário, reduzindo os riscos à saúde.
Uso de jalecos e uniformes
Um erro comum é usar o jaleco fora do local de trabalho. Essa peça não é um simples adereço de moda, mas um equipamento de segurança.
Usar o jaleco no transporte público, antes de atender um paciente, coloca a clínica em risco. Usar o jaleco na rua, depois de manipular algum agente contaminante no trabalho, coloca as pessoas fora desse local em perigo.
O mesmo pensamento vale para os outros colaboradores. O uniforme deve ser vestido dentro das dependências do local de trabalho, reduzindo os riscos de contaminação cruzada.
Garantir que os conceitos de biossegurança sejam conhecidos e seguidos por todos os profissionais que trabalhem em hospitais e clínicas ajuda a garantir a segurança, além de evitar que o local se torne notícia, o que compromete a credibilidade e a imagem da instituição.
Outro conceito importante quando falamos de biossegurança é o de “biofilme bacteriano”. Por ser um tema extenso, decidimos falar dele em outro material que você pode ler aqui no blog!