Conheça os 7 Passos para o Processamento de Materiais e Instrumentais adequados para aplicar no seu consultório ou clínica odontológica.
Vimos no texto 10 Dicas para Conquistar a Licença Sanitária para consultórios e clínicas odontológicas a importância do processamento de materiais e instrumentais para manter a licença sanitária do estabelecimento. Agora conheceremos melhor sobre esses processos em sete passos para que você possa aplicar ao seu consultório ou clínica odontológica.
1 – Pré-Limpeza
Corresponde a hidratação imediata dos materiais em água ou solução de limpeza. Assim, evita o ressecamento e a dificuldade na remoção de sujeiras e secreções orgânicas.
2 – Limpeza
Remova a sujeira visível em superfícies internas e externas dos artigos, em pia própria, por meio da fricção manual. Esse passo necessita do auxílio de solução de limpeza e de escovas de variados tamanhos. Há a possibilidade de usar também a fricção mecânica automatizada por meio de máquinas lavadoras ultrassônicas. Todas as peças precisam ser desmontadas para a retirada das secreções e fluidos orgânicos do paciente e serem limpas individualmente.
3 – Enxágue
Nesse momento, realize uma inspeção visual bem criteriosa avaliando a necessidade de complementar com escova. É importante se atentar bem nesse passo. Pois a remoção inadequada de matéria orgânica ou da solução de limpeza poderá agregar elementos orgânicos na superfície dos artigos. Assim, colabora-se ao surgimento de biofilme que fica depositado, protegendo os microrganismos e não permitindo a ação do agente desinfetante.
4 – Secagem
A secagem completa dos artigos é outro passo relevante. A partir da presença de umidade nos materiais de inox colabora no surgimento de manchas e prejudica o processo de desinfecção.
5 – Desinfecção e/ou Esterilização
Sabe-se que a esterilização é a eliminação total dos microrganismos, principalmente na forma esporulada.
O método a vapor saturado sob pressão é o mais indicado para atender as condições de segurança e confiabilidade, por meio da autoclave que associa temperatura, pressão, umidade e tempo específicos. Para a efetivação do processo é necessária a realização periódica de controle dos ciclos por parâmetros físicos, químicos e biológicos que estabelecem os padrões de monitoração e condições ideias de esterilização.
Enquanto método de desinfecção química de materiais é usado em materiais termossensíveis por meio da aplicação de um produto químico que pode ser imersão ou fricção, atendendo o tempo de exposição de acordo com as orientações de cada fabricante.
Observe sempre se o desinfetante escolhido apresenta compatibilidade com o material e se possui o espectro de ação antimicrobiana almejada. Após isso, o material deve ser armazenado em sacos plásticos limpos e próprios, mas antes e após o próximo uso deve passar por um novo processo de desinfecção.
6 – Embalagem
O acondicionamento de artigos a serem esterilizados nas autoclaves é usada preferencialmente a embalagem de grau cirúrgico, por ser a que apresenta as características mais adequadas e seguras à manutenção da esterilidade do material.
Lembre-se de sempre de identificar as embalagens com:
– Nome do material
– Data e Responsável pelo processo
E verificar bem a selagem da embalagem, observando a uniformidade, se há dobras ou aberturas que possam permitir a entrada de contaminantes em seu interior.
7 – Armazenamento
Para evitar o surgimento de situações adversas que podem comprometer a integridade da embalagem, é importante fazer o armazenamento adequado dos pacotes esterilizados ou desinfetados. Armazene os pacotes de preferência em armários fechados; manuseei-os e guarde-os totalmente frios; não devem estar torcidos, empilhados; nem ter rasgos, dobras e/ou sujeiras na embalagem; não devem ser amarrados com elásticos e ter manuseio restrito.
Para todas essas fases, desde a Pré-Limpeza ao armazenamento, é sempre bom o consultório e/ou clínica apresentem registros da rotina descrita de todos esses processamentos.
É indispensável que todas essas regras sejam totalmente cumpridas, por conta dos riscos de infecção ao paciente, risco ocupacional à equipe que manipula os artigos e equipamentos. Por isso, sempre se atente a essas questões!
Referências
ALBRECHT, Lucimara et al. Consultórios & Clínicas: Guia Prático para Aprovação e Operação. 22. ed. Curitiba – Pr: Blanche Edições, 2015. 120 p.