Mortais, silenciosas e difíceis de eliminar. Descrever as bactérias multirresistentes requer termos pesados, pois, trata-se de algo que preocupa e que pode estar acontecendo agora mesmo dentro do seu hospital.
E, se isso já era um assunto que sempre gerou preocupação, o crescimento de casos na pandemia fez com que o alerta fosse ligado, e as medidas para resolver o problema tivessem que ser tomadas com ainda mais atenção.
Dados do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), mostram que a detecção de casos de bactérias multirresistentes triplicou no Brasil durante a pandemia de covid-19.
Segundo notícia oficial publicada pelo portal da Fiocruz, em 2019 o laboratório recebeu cerca de mil amostras de bactérias multirresistentes para análise. No ano seguinte, esse número dobrou, batendo 2 mil amostras. Entretanto, em 2021 mais de 3,7 mil amostras de superbactérias foram confirmadas.
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Mas, afinal de contas, o que são essas bactérias multirresistentes e como encontrar a solução para essa questão? Essas são dúvidas tão importantes que reunimos neste artigo o que você precisa saber sobre o assunto. Venha com a gente!
O que são superbactérias?
As bactérias fazem parte da vida de todos os seres humanos e estão presentes em nossos corpos, algumas sendo até mesmo fonte de nutrientes e atuando como protetoras contra determinadas doenças.
Porém, a prescrição e o uso inadequada de antibióticos fez com que o comportamento delas se alterasse em alguns casos. Quando isso acontece, apenas as bactérias mais resistentes sobrevivem e acabam proliferando.
Tal situação se tornou um problema sério de saúde pública no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que bactérias multirresistentes causam cerca de 700 mil mortes anualmente. Estimativas apontam que em 2050 elas serão responsáveis por até 10 milhões de mortes ao redor do planeta.
Atualmente, a maioria das infecções acontece por conta da bactéria Acinetobacter baumannii, considerada pela OMS como uma das mais perigosas. Uma nota da Anvisa cita um caso registrado em uma UTI de Maringá (PR), onde de dez pacientes internados por Covid-19 infectados por bactérias A. baumanii resistentes a antibióticos carbapenêmicos, sete morreram.

Sobre o Acinetobacter baunamnii
O Acinetobacter baumannii é um patógeno gram-negativo envolvido na maioria dos casos de Infecções Relacionadas à Assistência de Saúde (IRAS). Existem mais de 20 tipos de Acinetobacter, mas a baumannii é a que mais preocupa os profissionais de saúde.
Isso porque ela é uma bactéria oportunista, ou seja, afeta quem está imunodeprimido, causando doenças como pneumonia, septicemia, meningite e infecções do trato urinário ou sítio cirúrgico, aumentando o tempo de internação e podendo levar até ao óbito.
Encontrada principalmente na pele, garganta e trato respiratório. Sabe-se que a transmissão cruzada por contato direto e indireto é a principal forma de contaminação por essa bactéria.
Bactérias multirresistentes e os riscos para os hospitais
A preocupação com as bactérias multirresistentes não é de hoje, mas tem ganhado mais importância a cada dia, principalmente pelo crescente número de casos durante a pandemia.
Uma vez que são resistentes aos antibióticos, o tratamento é extremamente difícil, levando a inúmeros casos de óbito. Vale destacar que a prescrição/uso descontrolado de antibióticos não é a única causa relacionada com o aparecimento dessas bactérias multirresistentes.
Descuidos com a limpeza e desinfecção de superfícies também contribuem para a proliferação e contágio de superbactérias. Outro ponto de atenção é a higienização correta das mãos, uma das práticas que ajudam, e muito, a evitar a contaminação por bactérias multirresistentes.
Segundo uma lista da OMS, existem 12 superbactérias que geram mais perigo e devem ser eliminadas para garantir a segurança nos ambientes hospitalares:
Prioridade 1: CRÍTICO
- Acinetobacter baumannii – Infeções relacionadas a assistência à saúde (IRAS),
- Pseudomonas aeruginosa – IRAS
- Enterobacteriaceae – IRAS
Prioridade 2: ALTO
- Enterococcus faecium – IRAS
- Staphylococcus aureus – infecções cutâneas e sanguíneas, pneumonia
- Helicobacter pylori – úlceras no estômago e câncer
- Campylobacter spp. – diarreia
- Salmonellae – diarreia
- Neisseria gonorrhoeae – gonorreia
Prioridade 3: MÉDIO
- Streptococcus pneumoniae – pneumonia
- Haemophilus influenzae – meningite, pneumonia em crianças, infecções sanguíneas
- Shigella spp. – diarreia
Enquanto a ciência trabalha no desenvolvimento de antibióticos, é necessário que os profissionais que atuam em hospitais e clínicas também contribuam para as ações para evitar as superbactérias.
O maior motivo para essa atenção diz respeito aos riscos trazidos por elas. Essa preocupação é global e tem feito com que mais medidas de proteção sejam tomadas.
Como evitar as superbactérias?
Mesmo com tamanha gravidade do problema e a busca frequente por soluções vindas dos laboratórios, existem algumas ações que podem ser tomadas para impedir que as bactérias multirresistentes se proliferem.

Uma delas é o uso correto de antibióticos, que deve seguir exatamente o que for determinado pelos médicos. Como vimos anteriormente, essa é a causa mais relevante para o fortalecimento das superbactérias nos últimos anos.
Entretanto, reforçar as práticas de limpeza e desinfecção de superfícies é algo que deve fazer parte da rotina hospitalar. Nesse aspecto inclui: revisar os protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies, uso correto de soluções saneantes, conferência da limpeza e desinfecção usando sistemas como o PROFICHECK SYSTEM.
A outra ação é ainda mais simples: higienizar as mãos. Nesse caso, sempre que as mãos estiverem om sujidade visível, o uso de água e sabão é recomendado. Já quando não estiverem com sujidade visível, indicamos o uso de Bioassept OX.
Este é um hábito que tem sido muito falado desde o início da pandemia. Por conta da simplicidade do gesto, é muito fácil reforçar a mensagem da importância de uma boa higiene das mãos em todos os lugares.
Para os profissionais da saúde, isso é ainda mais importante, pois, o uso de soluções para higienização das mãos é fundamental para garantir maior limpeza e segurança contra o avanço das bactérias multirresistentes.
Criar campanhas internas de conscientização e reforçar a mensagem acaba gerando bons resultados e reforçando a importância de todos executarem este simples e poderoso gesto em todos os momentos que for necessário.
Por se tratar de um procedimento simples e rápido, não há desculpa para não usar os produtos indicados para realizar uma assepsia correta das mãos nos hospitais, principalmente para aqueles que possuem contato direto com os pacientes e PPS.
Cuidado redobrado
Apesar de serem perigosas, é possível evitar o surgimento de bactérias multirresistentes no hospital. Inclua também toda sua equipe nessa tarefa. Para isso, transmita essa mensagem e lembre sempre da importância de uma higienização eficiente das mãos. Fazer isso é ajudar a manter o espaço mais seguro e garantir a proteção dos pacientes e dos profissionais que atuam todos os dias.